Primeira grande baixa na equipe do ministro Paulo Guedes, o ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, foi, certamente, o texto mais lido na edição de ontem do jornal O Estado de S. Paulo. Numa entrevista, ele onde traçou um quadro surpreendentemente positivo sobre o desempenho da economia brasileira em 2021 e perspectivas em 2022, com a vantagem de ter um nível de credibilidade que nenhuma autoridade do governo Bolsonaro tem, inclusive, o próprio ministro da Economia.
O que Almeida diz é que 2021 fechou melhor do que antes da pandemia, tanto em termos de resultado primário como de resultado nominal de juros (em torno de 5% do PIB), quando, em 2015, chegou a 10,2% e em 2016 a 8,98% do PIB. E lembrou que o Brasil fechou o ano com um superávit primário entre R$ 20 bilhões e R$ 40 bilhões, o primeiro desde 2013.
Economista-chefe do Banco BTG Pactual e citado como um possível substituto de Paulo Gudes, Mansueto de Almeida afirmou que, como nos últimos cinco anos, o Brasil fez mudanças em marcos regulatórios e previu que nos próximos três ou quatro anos, os investimentos em telecomunicações, 5G, e saneamento - com o novo marco regulatório, e o início das concessões pelas empresas estaduais vão aumentar os investimentos significativamente.
E lembrou que, em 2012, quando o governo mudou o marco regulatório do setor elétrico, nos leilões de linhas de transmissão, não apareceu nenhum interessado. Um cenário completamente diferente dos últimos certames que o governo promoveu.
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