No ramo da construção civil, um indicador aponta para um cenário otimista no “novo normal”: de acordo com o mais recente Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) houve o crescimento de 6,6 pontos em julho, no país. É a terceira alta consecutiva do IST, chegando a 83,7 pontos após quatro meses em queda. Em Pernambuco, embora não haja o reflexo deste mesmo otimismo, construtoras relatam aumento das vendas e agenda aquecida de lançamento. Além disso, pesquisas esboçam o perfil deste imóvel do futuro.
O presidente da Ademi-PE, Gildo Vilaça, lembra que Pernambuco não acompanha os índices nacionais por ter ficado mais tempo com obras paradas. “Apesar disso, os empreendimentos de baixa renda estão com boa performance. Muito do que seria lançado no primeiro semestre será feito agora. Para quem tem renda garantida – como funcionários públicos - este é o melhor para adquirir o imóvel devido à baixa taxa de juros”, afirma.
O diretor comercial JMA Construções, João Paulo Torres, conta que possui três lançamentos ainda para 2020: em Porto de Galinhas, Recife (médio porte) e São Lourenço da Mata (Minha Casa Minha Vida). “Decidimos antecipar um dos previstos para 2021 (MCMV) porque o reaquecimento veio mais rápido do que esperávamos. O MCMV, por exemplo, está com 30% a mais de vendas em relação a julho do ano passado”, relata. Para o diretor da VL Construtora, Luiz Taboas Filho, a projeção também é positiva. “Conseguimos recuperar a queda de vendas que foi, em média, de 30%. Em julho, vendemos 110% a mais do que antes da pandemia. Acredito que pelo aquecimento do residencial de baixa renda, valorização da moradia, demanda reprimida e processo digital de compra e venda”, analisa.
O advogado especialista em estruturação de novos empreendimentos imobiliários, André Portela, também vem observando esta movimentação. “Com a flexibilização do isolamento, as iniciativas de vendas, antes limitadas a plataformas online, ganharam mais força”, afirma. Sobre as questões jurídicas, ele acredita que agora devem entrar em pauta os prazos de entrega e parcelamentos. “A Lei fala que há a possibilidade de postergação diante de motivos de força maior sem que o cliente fique inadimplente, mas não sabemos ainda como a jurisprudência entenderá esta questão”, afirma.
O perfil do empreendimento pós-Covid 19
Além desta questão jurídica, as construtoras estão repensando os desenhos dos empreendimentos. O empresário Saulo Suassuna, por meio da sua empresa Molegolar, realizou pesquisas visando prototipar soluções e tendências dos edifícios da “era pós-Covid19”. Os resultados serão exibidos em um edifício conceito de uso misto, protótipo em 4D, a ser disponibilizado nas plataformas digitais do grupo.
As pesquisas envolveram profissionais de áreas diversas como saúde, engenharia e economia. Dentre os resultados, enquanto 65% afirmaram não pensar em se mudar, 28% iriam para uma moradia maior enquanto 7% escolheriam uma menor. Sobre os ambientes de que mais sentiram falta em suas residências, 37% mencionaram home office e área para exercício. Dentre os espaços internos, os preferidos são a varanda gourmet (38%) e a cozinha americana interligada à sala (33%). O empresário Saulo Suassuna explica o objetivo da pesquisa foi entender o comportamento macro das pessoas diante da pandemia. “Queríamos ir nos detalhes, sabendo o que as pessoas queriam e do que abririam mão para obter”, conclui.
Entrevistados por estado:
São Paulo: 39%;
Pernambuco: 17%.
Paraná: 13%
Minas gerais: 7%
Ocupação:
Engenheiro - 17%
Empresário - 17%
Arquitetos - 12%
Administrador - 9%
Corretor de imóveis - 5%
Advogado - 5%
Sobre mudança de endereço:
65% não se mudaram
28% se mudariam para moradia maior
7% para uma menor
Áreas de que mais sentiram falta em suas casas:
37%: home office e área para exercício
31%: área de higienização
22%: varanda.
Para ter estes novos ambientes, 28% reduziriam a sala de estar, 27% a área de serviço e 26% a sala de jantar.
Preferências dos espaços internos:
50% das pessoas com até 39 anos preferem a varanda. A preferência cai para 30% quando a idade dos entrevistados passa dos 40.
Na cozinha americana, 28% é preferência para os com menos de 40 e 36% para os acima.
Tecnologias mais importantes para se ter no edifício:
Elevador com botoeira sem toque: 50%
Câmara de higienização na entrada: 38%
Reconhecimento facial: 26%
Automação comando de voz: 26%
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