Notícias

Juro vai a 4% no fim do ano e começa a subir no 1º semestre, dizem analistas - Sinduscon PE

Juro vai a 4% no fim do ano e começa a subir no 1º semestre, dizem analistas

21/01/2021 - Fonte: Portal FolhaPE - Economia
Boletim Focus do Banco Central, que reúne a estimativa de diversos economistas, aponta a Selic a 3,25% ao final deste ano

Apesar de não ter surpreendido o mercado, o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central desta quarta-feira (20) impulsionou a mudança nas expectativas de muitos analistas.

A maioria agora espera uma alta na Selic, atualmente a 2% ao ano, ainda no primeiro semestre. As projeções também apontam a Selic ao redor de 4% ao fim de 2021.

O mais recente boletim Focus do Banco Central, que reúne a estimativa de diversos economistas, aponta a Selic a 3,25% ao final deste ano.

De acordo com Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, a alta no juros pode vir ainda no primeiro trimestre.

"Quando a autoridade monetária instituiu o 'forward guidance', antes da pandemia, os cenários macroeconômico global e local eram totalmente distintos. Hoje, a realidade é outra, com as projeções para a inflação doméstica subindo em relação à meta, preços das commodities pressionados pelo câmbio e a questão fiscal estressada."

A gestora Reag revisou sua projeção e agora espera uma alta da Selic em março deste ano, ante previsão anterior de maio, mas mantém a expectativa de que a taxa encerre o ano em 3,5%.

"O clima político adverso tornará mais difícil, para não dizer impossível, o controle dos gastos. Basta apontar a recente queda de popularidade do presidente da República para sabermos dos desafios existentes, isso sem contar uma segunda onda ainda mais persistente que irá aumentar a demanda por serviços públicos e tornar o clamor pelo retorno do auxílio emergencial um tema politicamente sensível", diz André Perfeito, economista-chefe da Necton.

A corretora vislumbra uma alta no juros na reunião de março, para 2,25%. Para o fim de 2021, esperam a Selic a 4%.

"O BC deixar claro que a queda do 'forward guidance' não implica alta imediata de juros é importante. A alta de juros é gradual", diz Andrea Damico, economista-chefe da Armor.

Ela vê uma alta de 0,25 ponto percentual em maio e a Selic a 4% ao fim de 2021. "O que preocupa é a inflação de 2022."

Para Elisa Machado, economista da ARX Investimentos, o BC irá se antecipar à inflação e estima a Selic entre 4,5% e 5% ao fim do ano. "É uma normalização da taxa de juros. Estamos com a Selic fortemente estimulativa." A casa também espera um aumento de juros no segundo trimestre.

Segundo Nicola Tingas economista chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), há relutância da autoridade monetária em promover alta imediata da taxa de juros.

"Contudo, dentro das condições de alta expressiva do IPCA acumulado em 12 meses, que poderá atingir 6% até maio para depois se acomodar em 3,5% no final do ano, revisamos nossa projeção da Selic para dezembro de 2021, de 3% para 4%", diz Tingas.

Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Investimentos, o BC deve esperar a formação das presidências da Câmara e do Senado para indicar os próximos passos. "A definição das Casas trará maior certeza quanto à prorrogação ou não do auxílio emergencial, por exemplo."

A disputa no Congresso acontece em fevereiro, antes da próxima reunião do Copom, em 17 de março.

Já Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, espera a Selic no patamar atual até o segundo semestre deste ano. Ele estima que a Selic fechará 2021 em 3,5% ao ano. "A taxa é adequada para o nível de atividade. Nesse comunicado, o BC se mostrou bastante vigilante com a inflação."

O professor da Fipecafi, ligada à USP, Samuel Durso, diz que a alta dos juros pode depender também do curso do programa de vacinação.

"Para os próximos encontros [do Copom], a decisão vai depender de como a pandemia evoluir, e a vacina é fundamental. Precisamos ver como o governo vai estruturar a imunização, mas havendo um processo satisfatório é possível que nas próximas decisões o comitê já sinalize elevação da taxa, que deverá ser gradativa, mas ainda no primeiro semestre."



Veja Mais

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso site.
Ao utilizar nosso site e suas ferramentas, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Sinduscon-PE - Política de Privacidade

Esta política estabelece como ocorre o tratamento dos dados pessoais dos visitantes dos sites dos projetos gerenciados pela Sinduscon-PE.

As informações coletadas de usuários ao preencher formulários inclusos neste site serão utilizadas apenas para fins de comunicação de nossas ações.

O presente site utiliza a tecnologia de cookies, através dos quais não é possível identificar diretamente o usuário. Entretanto, a partir deles é possível saber informações mais generalizadas, como geolocalização, navegador utilizado e se o acesso é por desktop ou mobile, além de identificar outras informações sobre hábitos de navegação.

O usuário tem direito a obter, em relação aos dados tratados pelo nosso site, a qualquer momento, a confirmação do armazenamento desses dados.

O consentimento do usuário titular dos dados será fornecido através do próprio site e seus formulários preenchidos.

De acordo com os termos estabelecidos nesta política, a Sinduscon-PE não divulgará dados pessoais.

Com o objetivo de garantir maior proteção das informações pessoais que estão no banco de dados, a Sinduscon-PE implementa medidas contra ameaças físicas e técnicas, a fim de proteger todas as informações pessoais para evitar uso e divulgação não autorizados.

fechar