A sustentabilidade se tornou preocupação em diversos setores, inclusive da economia, e empresas passaram a investir na questão como bandeira dos negócios. A construção civil é uma das atividades que tem buscado soluções que protejam o meio ambiente, levando em consideração que os edifícios são responsáveis por 80% das emissões de CO2 e pela disposição de 5,7 milhões de toneladas de resíduos nas ruas todos os anos, segundo a Clinton Climate Initiative, fundação gerida pelo ex-presidente Bill Clinton e que visa a construção de cidades sustentáveis.

As tecnologias estão cada vez mais avançadas e são incorporadas no segmento, permitindo que algumas construções consigam reduzir os números que geram danos ao meio ambiente. A modulação dos edifícios, por exemplo, permite a reutilização de espaços construídos ociosos. “Utilizando os espaços das cidades de maneira mais inteligente, acaba por poupar energia e recursos do planeta em novas construções, bem como a produção de resíduos”, afirma Saulo Suassuna Filho, presidente da Molegolar, startup brasileira que oferece este tipo de solução.

O reaproveitamento dos espaços ociosos internamente, garantindo módulos pertencentes a uma residência maior, é outro benefício por permitir o adensamento de famílias e moradores em um mesmo edifício. “Assim, com a cidade mais densa, reduzem-se as distâncias dos deslocamentos, o que melhora a mobilidade e ainda favorece o meio ambiente por diminuir as emissões de CO2”, pontua Saulo.

A tecnologia Molegular fez com que a startup ficasse entre as 12 melhores soluções em todo o mundo, segundo o governo francês, capazes de promover cidades mais inteligentes e sustentáveis para o "Sustainable City Boot Camp In Paris".