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Obra de ponte recomeça - Sinduscon PE

Obra de ponte recomeça

15/09/2021 - Fonte: Jornal do Commercio - Cidades

A Ponte Iputinga-Monteiro, obra que ligaria as Zonas Norte e Oeste do Recife e ficou paralisada por sete anos, terá um novo traçado e ganhará uma ciclovia - como prevê a Lei da Mobilidade Urbana (12.587/12). Ao mesmo tempo, custará R$ 38 milhões e terá parte do que foi construído ao custo de R$ 10,9 milhões demolido para corrigir os erros do primeiro projeto. A retomada da construção da ponte, agora batizada de Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, foi anunciada ontem pelo prefeito João Campos.

A Ponte Iputinga-Monteiro é essencial para viabilizar a Terceira Perimetral do Recife, corredor viário fundamental para a circulação da cidade. Não só para os carros, mas principalmente para o transporte público. A ausência da ponte sobre o Rio Capibaribe, ligando os bairros do Monteiro, na Zona Norte, e da Iputinga, na Zona Oeste, amplia distâncias e alonga os percursos tanto para moradores como para passageiros dos ônibus. Além disso, transfere um volume de tráfego para outras vias da cidade que poderia ser evitado com uma conexão direta pela Terceira Perimetral do Recife.

Segundo a Prefeitura do Recife, o projeto agora está orçado em R$ 38 milhões - e não mais em R$ 48 milhões, como antes - e, com a mudança no traçado, representará uma economia de 20% para os cofres públicos. E beneficiará 58 mil pessoas diretamente.

"O prazo para realização da obra é de 24 meses. Com a ponte, vamos conseguir ligar a Zona Norte à Zona Oeste da cidade, reduzindo em até 33% o tempo de deslocamento das pessoas que moram nessas duas regiões. A parte de cima da ponte, a superestrutura que foi construída, será retirada. Vamos utilizar a parte da fundação que já foi construída. Isso porque o projeto está diferente, a ponte será um pouco mais baixa. Assim, ela será economicamente mais favorável ao município", detalhou o prefeito João Campos.

O novo traçado da Ponte Iputinga-Monteiro prevê um equipamento mais à esquerda do original. A passagem terá 12,18 m de altura - antes eram 21 metros. Será um elevado de 170 metros de extensão e 20,65 metros de largura, com calçadas e ciclofaixa de 1,5 metro de largura em cada lado. Terá quatro faixas de rolamento, duas em cada sentido. A abertura de espaço exclusivo para bicicletas é uma novidade do atual projeto, que não estava previsto no anterior - até porque a Lei de Mobilidade Urbana não existia na época.

Com as mudanças, também não será mais necessária a demolição da Escola Estadual Silva Jardim, que atende a famílias da região, e a Praça do Monteiro será preservada. No projeto original, os dois equipamentos sofreriam impactos.

Como exemplo dos ganhos para quem mora ou circula nas duas regiões, a nova ponte reduzirá a distância entre o Parque de Exposições do Cordeiro e a Praça de Casa Forte dos atuais 6,7 km (via Torre-Parnamirim) e 8 km (via BR-101) para apenas 4,39 km. Motoristas indo do Parque do Caiara para o Parque Santana hoje precisam percorrer 5,1 km (via Torre-Parnamirim) ou 7,7 km (pela BR-101), distância que cairá para 3,82 km.

A prefeitura também irá fazer a adequação do sistema viário para composição de uma semi perimetral, ligando a Avenida Maurício de Nassau (Paralela da Caxangá) e a Avenida 17 de Agosto). Será a requalificação de 15 vias do entorno nas duas margens, totalizando 4,5 km.

ABANDONO

São muitos os desafios do projeto. A Ponte Iputinga-Monteiro é um símbolo do descaso público, do abandono administrativo e político da gestão municipal. E também dinheiro público jogado fora. Resultado de uma coleção de erros. Agora, terá mais R$ 27 milhões investidos na conclusão da obra.

Em novembro de 2018, após mais de quatro anos de paralisações, a obra foi julgada irregular pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que seguiu o parecer do Ministério Público de Contas (MPCO) pela rejeição. Houve a assinatura de um primeiro Termo Aditivo Contratual (TAC) em novembro de 2013. Mas em 2014, com menos de um terço concluído, apenas do lado do bairro da Iputinga, parou de vez. Até mesmo o Banco Mundial se retirou do projeto, segundo relatório técnico do TCE.

Diante da retomada das obras, o TCE informou que em junho de 2020 sugeriu ajustes na licitação e que em agosto passado a URB-Recife encaminhou documentação informando a realização dos ajustes.



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